De todos os amores...
De todos os amores por mim vividos até hoje,
o seu foi o mais intenso.
De toda a saudade,
a sua foi a mais forte.
De todos os beijos,
o seu foi o mais gostoso.
De todo calor,
o seu foi o mais ardente.
De todas as almas,
a sua foi a mais gêmea.
De toda ânsia de cometer loucuras,
a sua foi a que mais me atentou.
De todos os corpos,
o seu mais me instigou.
De todas as esperanças em amores depositadas,
o seu foi o que teve mais crédito.
De toda a vontade de ficar junto,
a vontade que me domina é a sua.
Por isso de todos os amores eternos por mim prometidos,
o seu será o único cumprido a risca.
o seu foi o mais intenso.
De toda a saudade,
a sua foi a mais forte.
De todos os beijos,
o seu foi o mais gostoso.
De todo calor,
o seu foi o mais ardente.
De todas as almas,
a sua foi a mais gêmea.
De toda ânsia de cometer loucuras,
a sua foi a que mais me atentou.
De todos os corpos,
o seu mais me instigou.
De todas as esperanças em amores depositadas,
o seu foi o que teve mais crédito.
De toda a vontade de ficar junto,
a vontade que me domina é a sua.
Por isso de todos os amores eternos por mim prometidos,
o seu será o único cumprido a risca.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
ALEGRAA
Aqui é a Lilian, de novo...
Tempos atrás umas amigas da igreja e eu resolvemos
fazer um grupo de apoio à dieta, isso mesmo, todas fizemos metas para perda de
peso, mudança de hábitos alimentares e montamos grupos de exercícios físicos.
Na nossa primeira reunião tivemos o apoio de uma amiga que é Coach. Ouvi
atentamente o que ela falava, a começar pela definição do que é um grupo de
apoio, o que mais me chamou a atenção foi que ela disse que as pessoas que
frequentam um grupo de apoio tem uma dor, ou mais de uma, em comum. Foi então
que me lembrei do ALEGRAA e das nossas dores lá.
O ALEGRAA é um grupo de apoio à adoção. Soubemos
do grupo por duas ex-colegas minhas de trabalho, uma foi a Cíntia, que também
espera seu filho do coração. A outra foi a Liliane, que faz um trabalho super
bacana como voluntária em um abrigo de crianças em São José dos Campos há
muitos anos. Começamos a frequentar as reuniões quando demos entrada na
papelada no fórum, e nos sentimos tão à vontade e tão acolhidos. A Heloíza foi
a primeira a nos receber, aprendemos a amá-la desde o início. Ela com o seu
marido, Jefferson, e outros que mencionarei adiante, são todos voluntários, pessoas
idôneas, simpáticas e queridas. Aos poucos fomos conhecendo outros líderes do
grupo, a Felícia e o Moreno, a Sandra e o Celso, e outros que ainda esperavam
seus filhos.
Cada encontro trouxe (e ainda traz) um
aprendizado novo. Ouvimos o relato do Marcus e da Fabiana, a história deles com
os gêmeos foi parar até no Fantástico, o Relato da Mila e seu esposo e suas
quatro lindas filhas, ouvimos psicólogos, uma advogada, aprendemos sobre busca
ativa, sobre a adaptação das crianças, também escutamos amigos nos diversos
momentos da espera. Os depoimentos e as palestras nos deixaram mais seguros da
nossa decisão.
Bem, a minha dieta não durou muito, mas retorno à
dor comum de que falava anteriormente. A maioria das pessoas deve pensar que a
dor dos grupos de apoio à adoção é não poder gerar filhos biológicos, o que é
um equívoco comum, no entanto o que observo é que a dor mais citada nos nossos
desabafos é a indiferença, não é nem a burocracia (porque até isso seria
tolerável), mas é a indiferença do poder público, representada pelos
funcionários que nos atendem e que nos assistem, ou deveriam nos assistir, nesse
momento de espera. É óbvio que há exceções, graças aos céus! Sou grata pelos
que foram humanos, éticos e solícitos, e por serem tão raros nos impressionaram.
Raros porque quando eram simpáticos e solidários, muitas vezes não estavam tão inteirados
dos procedimentos.
O curso inicial no fórum de São José dos Campos
foi bem proveitoso, também foram esclarecedores os encontros iniciais e
entrevistas com a assistente social e a psicóloga, a nossa preparação para o
cadastro foi satisfatória, mas não foi assim com todos que conhecemos no grupo.
Os problemas começaram quando fomos inseridos no cadastro, depois da assinatura
da sentença favorável do juiz da vara da infância e juventude. Não vou dar
detalhes agora, mas podemos dizer que sair chorando de frustração do fórum era
quase uma tradição da família, pelo menos da minha parte.
O grupo tem essa dor sim e outras secundárias, mas
lida com isso com leveza, choramos juntos às vezes, mas em geral damos boas
gargalhadas juntos, nos solidarizamos com a espera e comemoramos cada adoção
como se fosse a nossa. Obrigada queridos amigos do grupo pelo suporte!
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